sexta-feira, 3 de agosto de 2012
Biografia do São Bernardo
No alto dos Alpes Suíços, perto da fronteira com a Itália, existe um hospital chamado Hospice du Grand St. Bernard. Este monastério é um dos mais altos e antigos postos humano na Europa. Neste mesmo local os Romanos haviam construído um templo para Júpiter e no décimo século, Bernard of Menthon (depois canonizado com São Bernardo) construiu o hospital sob as antigas ruínas e dedicou a vida dele ajudando os peregrinos, pobres e necessitados, que viajavam nestas redondezas, rumando para Roma.
Os monges de São Bernardo continuaram trabalhando para ajudar viajantes e para salvar as vitimas das avalanches e dos invernos inclementes. Por volta de 1707, os monges, sobrecarregados com os trabalhos, tiveram a idéia de empregar cães na busca e salvamento das vítimas. Estes cães deveriam ser dotados de um faro excelente, grande senso de direção, pelagem pesada e resistente as baixas temperaturas e corpos fortes e musculosos. Inicialmente os monges tentaram usar uma espécie de "viralatas" derivado de mastifes, mas em 1800 os monges já haviam estabelecido um canil com um programa próprio de criação, e passou a chamá-los de Mastifes Alpinos.
Estes cães passaram a ser famosos mundialmente através das telas de um pintos de apenas 17 anos, chamado Edwin Landseer. Ë dele a famosa cena de São Bernardos socorrendo suas vítimas com um pequeno barril de conhaque atado ao seu pescoço. Na verdade estes cães nunca carregaram os pequenos barris. São muitas as lendas que cercam estes maravilhosos animais e seus resgates heróicos. Dizem que mais de 2.500 vidas foram salvas por estes cães que, segundo contam, usavam viajar em grupos e que quando uma vítima era encontrada, um São Bernardo deitava de cada lado da pessoa para mantê-la aquecida. Um terceiro animal punha-se a lamber a face, tentando reanima-la e um quanto animal retornava ao monastério para buscar ajuda. Um dos cães mais famosos, "Barry", salvou 40 pessoas e na sua 41 missão encontrou um fim trágico, quando a pessoa que ele estava tentando salvar matou-o num ataque de pânico. A partir daí, por volta de 1810, a raça passou a ser comumente denominada de Barry Hounds.
Nesta época eles eram de tamanho moderado e todos com pêlo curto, mas em 1830 e na década seguinte a população canina do monastério estava quase acabando, devido a acidentes, doenças, cruzamentos entre parentes e invernos terríveis. Foi então que os monges decidiram cruzar seus cães com outras raças para reconquistar o vigor e saúde dos cães. De cruzamentos com cães da raça Terranova, eles ganharam o pêlo longo e o tamanho gigante e a forma que nós conhecemos nos São Bernardos de hoje. Logo os monges perceberam que os cães de pêlo longo tinham problemas com a neve que grudava em sua pelagem e então passaram a ficar com os cães de pêlo curto e mandar os outros para os vales da Suíça. Foi exatamente por isso que a raça se difundiu pelo mundo já que o monastério era muito isolado para que a raça pudesse ser apreciada por todos.
A natureza do São Bernardo é calma e gentil, mas não podemos deixar de considerar que um cão deste tamanho deve aprender, desde cedo, a se comportar melhor do que qualquer Poodle Toy.
Quando bem socializados, estes gigantes peludos aceitam bem a companhia de pessoas estranhas e até que gostam muito de ficar deitados perto de seus donos. Devido ao tamanho, eles precisam de grandes espaços para que consigam se exercitar propriamente, mas quando eles têm esta necessidade satisfeita são extremamente bem adaptados à vida num apartamento.
São Bernardos são pouco reativos, ou seja, não são do tipo barulhento que se agita por qualquer coisinha. Quando chegam a fase adulta preferem ficar deitados, refletindo sobre os grandes atos heróicos de seus antepassados. Para conviver bem com crianças e outros animais, o melhor é introduzi-lo quando ainda filhotes, já que esta raça não é muito fã dos abusos que os pequenos humanos podem tentar submete-los, achando que estes cachorros são na verdade imensos bichos de pelúcia.
Para treiná-los é preciso ser dócil e paciente, mas ao mesmo tempo firme. Aliás, treinamento deveria ser mantido como rotina na vida deste cães. Em hipóteses alguma seus donos deveriam deixar o cão perder os comandos de obediência básica, principalmente o "SENTA-FICA" e o "JUNTO", já que se um São Bernardo decidir arrastar uma pessoa, ele o fará sem dúvidas.
Uma outra característica curiosa da raça é que o São Bernardo deve ter contato constante com seres humanos. Ao mesmo tempo que são muito leais e orientados para viver com pessoas, o São Bernardo, se deixado do lado de fora e sem interação, desenvolve rapidamente um distanciamento e independência que pode ser difícil de contornar.
Fonte: http://www.lordcao.com
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